Sim, eu tive coragem de subir ao palco pela primeira vez! Gostar de cantar eu gosto, mas com essa experiência pude perceber que só amar a música não basta. Ensaiei, mandei para amigos, ensaiei de novo, mas o nervosismo foi demais! Escolhi uma música melódica e que não me ajudou muito.
Foi divertido, nunca saberia como iria ser se não tentasse. Agora eu sei. Tenho que aprender a lidar com a ansiedade e analisar todas os detalhes para uma apresentação solo. Já cantei tanto na vida, em 4 corais no mínimo na vida, mas o aperfeiçoamento vem com MUITO tempo.
Não me arrependo de tentar e, na minha concepção, falhar. Sempre me cobrei muito. Para ser bom tem que ser bom para mim, e eu sabia que eu poderia ter feito melhor, muito melhor.
Já fiz muita coisa na vida e sei que muita gente vai viver a vida sem fazer metade das coisas que fiz. Já saltei de para-quedas tendo medo de altura, já saltei de bungy jump, Já estudei fora, já mochilei e peguei carona em outro continente sozinha por mais de um mês. Já estudei variadas coisas e já deixei de gostar do que estudei. Já trabalhei em lojinha e já trabalhei em multinacional. Já fui palhaça de hospital e ja participei de grupo de ginástica. Já corri 5 km e já percorri 50 km numa ultramaratona! Enfim, a vida está aí para ser descoberta. Eu tento e erro tentando, mas eu tento. Melhor viver tentando do que viver a vida que todo mundo leva, sem arriscar.
A apresentação foi feita no Festival da Canção de São José do Cedro/SC no dia 25/06.
Olá, pessoal! A gente tem estado um pouco displicente com o blog. Temos que postar mais para não perder o momento das coisas. Por isso aqui vai um resumão só para o registro histórico.
Em junho eu comecei a fazer a cerca do lado oeste, que separa a nossa terra da "terra-mãe", a fazenda do seu Laurentino, de quem compramos a terra. Foi uma longa batalha para fazer os buracos. Aqui está um vídeo medindo a cerca e fazendo um buraco, o primeiro!!! No total fiz sete buracos. Aqui tem um solo que os colonos chamam de "tabatinga" que tem muitas, mas muitas, pedras. O que torna bem difícil cavar. Perto do final do mês acabei me rendendo e chamando um vizinho, o Jaime, para que terminasse os 24 buracos que faltavam. Pra completar, enquanto ele cavava e eu transportava os mourões, acabei machucando a mão esquerda e perdendo completamente a unha do dedo anular... tive que terceirizar 100% da construção da cerca.
Em junho também fiz quatros plaquinhas de madeira: uma para colocar na entrada do Rancho avisando que é proibida a entrada de não convidados e duas para colocar na estrada para indicar a distância e o caminho e uma para a família Kummer. Duas das três placas indicativas do Rancho chegaram a ser colocadas, mas como ainda não estamos no local, elas ficaram vulneráveis, e como a população num raio de uns 20 km sabem que sou policial, logo mexeram nelas. Obviamente aqui é uma região muito mais tranquila que muitas outras do Brasil, mas a poucos km do Rancho a um assentamento rural onde vivem muitos pessoas com extensas fichas policiais. Para essas pessoas, as minhas plaquinhas são um prato cheio para eles "descontarem". Acabei recolhendo momentaneamente as placas e irei recolocá-las apenas quando tiver o sistema de monitoramento por câmeras instalados (infelizmente o mundo atual te obriga a ter esses tipos de coisas). O outro lado é que temos muitos vizinho extremamente especiais, que inclusive se ofenderam por terem mexido em nossas placas. Um desses vizinhos é a família Kummer. Queríamos presenteá-los de alguma forma, então fizemos uma plaquinha para eles, que já foi colocada numa bela casinha na entrada da propriedade sinalizando o local.
Em junho também colocamos o poste padrão e mais dois postes que levarão energia até a casa. Porém a Celesc ainda não instalou a energia devido a porteira temporária. Eles não podem abrir nem uma porteira. O poste precisa estar 100% livre acesso. Então precisamos fechar a cerca lateral primeiro para o gado do vizinho não fugir ao abrirmos a porteira...
Além disso tivemos o junho mais frio em Santa Catarina dos últimos 100 anos. Uma bela recepção para nós!!! Chegamos a ter sete geadas em sequência!!! Devido a isso os pastos ficaram todos amarelados!
No final de junho fizemos contato com o pessoal da EPAGRI daqui que mostraram ser pessoas muito especiais e dispostas a ajudar. Um dos técnicos foi conosco nos ajudar a fazer prospecção de água no Rancho. Agora que demarcamos o local mais provável faremos um buraco para confirmar que há água ali. Em caso de confirmação faremos nossa captação de água e já instalaremos nosso reservatório e caixa de água!
Finalmente passamos o mês no aguardo de dias de tempo bom para o transporte da casa, que não aconteceu. No final do mês quando o tempo estava bom, o seu Gabriel viajou para acompanhar o nascimento do netinho, então esperaremos ele curtir esse ótimo momento da vida dele e quando ele voltar e tiver uma janela de tempo bom, iremos transportar a casa para o Rancho Vale do Tigre.
Hoje vou escrever uma postagem triste. Recentemente ao retornar do trabalho em Dionísio Cerqueira/SC vi na beira da estrada algo que parecia um filhote de onça pintada. Tive que manobrar, fazer a volta para ver de perto e fotografar (mesmo depois de trabalhar 24 horas seguidas). Quando cheguei perto identifiquei uma Jaguatirica morta atropelada. Situação bem triste. Fotografei e quando cheguei em casa enviei para os meios de comunicação locais para que houvesse divulgação com o intuito de conscientizar as pessoas que ao correr na estrada, além dos riscos pessoais, você colabora com a destruição da natureza, pois animais assim atravessam a estrada repentinamente, e se você estiver correndo não dá tempo para frear ou desviar.
A matéria que saiu na mídia local: http://www.portaltri.com.br/1/noticias/4/geral/57164/jaguatirica-e-encontrada-morta-entre-a-br-163-e-a-373
Não bastasse isso no mesmo dia, no final da tarde, fomos visitar a família Kummer e fomos avisados que eles tinham encontrado um animal morto na beira da estrada rural. Fomos lá ver e era um graxaim! Aparentemente ele foi atropelado e arremessado para a lateral da estrada. É inacreditável como matam animais atropelados até em estradas rurais. Dá muito a sensação que é proposital. Infelizmente a consciência ambiental da população ainda é muito pequena...
A gente gostaria de postar fotos desses animais vivos, mas infelizmente é assim que os encontramos. Triste.
Olá! Hoje irei colocar algumas fotos da casa que compramos da família Kummer e que será o nosso lar.
Sempre desejamos uma casa de madeira, porém o preço da madeira está elevadíssimo. Um certo dia estávamos na Construcenter, um material de construção aqui no Cedro, conversando com o Lario Schoffen, proprietário do local, sobre ideias para construir nossa casa quando entrou um cara parecido com o Biff Tannen (o vilão da trilogia De Volta para o Futuro) e o Lario o chamou para a conversa já que o cara e o pai dele construíam casas de madeira e/ou de alvenaria. Assim conhecemos o Eberson Kummer. Logo ele nos contou que a família possuía uma boa casa de madeira, porém o pai dele não tinha interesse em vender. Fomos conhecer o pai dele, Gabriel Kummer, e sua mãe, Inês. Seríamos vizinhos. A família Kummer vive do outro lado da montanha a 400 metros em linha reta da nossa terra (devido a inclinação da montanha e do mato fechado é bem difícil atravessar em linha reta, então precisa dar 7 km de volta). Inicialmente Gabriel não tinha interesse em vender a casa pois foi sua primeira residência e ele pretendia no futuro transformar em um salão de festas. Depois de muito bate papo, contação de histórias sobre a região (assim descobrimos que 17 famílias já viveram na nossa terra), seu Gabriel decidiu não apenas a vender a casa para nós, mas a nos ajudar a nos estabelecer no campo. Ele nos tratou como filhos! Nos deu o prazo para começar a pagar a casa em janeiro de 2017!!! Além disso se colocou a disposição para nos ajudar em tudo que pode! Jamais imaginaríamos que ainda existem pessoas assim! Isso tudo no mesmo dia que nos conhecemos. Não apenas conseguimos uma casa, mais importante, ganhamos amigos! Amigos quase familiares!!! Em futuras postagens falaremos mais da família Kummer, mas só por essa introdução vocês já podem imaginar como são pessoas boas e acolhedoras!
Agora falando da casa: Ela está há sete anos sem ninguém morando nela. Foi construída no início dos anos 1990. Ela foi construída toda em grápia (conhecida como garapeira - uma madeira nobre), sendo apenas o assoalho que é em guatambu (também chamada de marfim), uma madeira muito bonita. A casa tem paredes externas duplas e suas estruturas estão suportadas nelas. Medindo sete metros por oito, num total de 56 metros quadrados. Telhado de telhas de barro francesas. Sete janelas e duas portas externas. Divisórias externas num total de sala, cozinha e três quartos (três portas extras). A casa está em ótimas condições. Praticamente é possível limpá-la bem e entrar para morar. Junto com a casa veio a varanda (mais madeira e um pouco de telhas) com um jogo de vaso sanitário e pia, um grande tanque em granito, mais quatro portas e duas janelas. A casa está assentada em 12 pilares de concreto. Os únicos defeitos mais visíveis são duas telhas quebradas nas pontas que geraram o apodrecimento de parte do forrinho da aba e do espelho, um buraco no assoalho e dois buracos em paredes por onde passavam canos. Todos esses defeitos houve comprometimento do Seu Gabriel em arrumar.
Nossa ideia foi utilizar essa casa, alterar algumas portas e janelas bem como as divisórias internas. Colocá-la a 2,5 metros de altura e montar nossa cabana na montanha! No momento é o que estamos encaminhando. Se o tempo permitir na próxima quinta-feira (16/06/2016) iremos cortar a casa ao meio e transportá-la para o Rancho Vale do Tigre!
Deixo vocês com as fotos:
Visão lateral da casa (esse lado ficará para o leste, uma das janelas será do quarto e duas serão da sala/cozinha). O lado do fundo da casa hoje será a frente da casa e serão abertas duas portas balcão de dois metros, entre elas será feita uma lareira no futuro.
Parte da frente da casa hoje (será o fundo da casa, voltada para a montanha no sul, a janela menor será do quarto e a maior do closet)
Área interna da casa. As divisórias internas não tem função estrutural, então podem ser completamente removidas. Utilizaremos elas para fazer as paredes do quarto e do closet. O piso é bem bonito.
Biff passando pela casa em direção a uma das portas externas. Ela será substituída por uma porta balcão de dois metros. De forma geral a casa está em ótimo estado.
Visão frontal da casa hoje já com parte da lateral desmanchada. Esse lado será o fundo da casa no Rancho Vale do Tigre. E ela ficará mais alta do que está hoje.
Visão lateral da casa com a varanda desmanchada. Esse lado vai haver um banheiro, uma despensa, um fogão e forno a lenha e um deck por onde vai subir a escada.
Olá!!! Depois de algum tempo sem vídeos e postagens estamos de volta. Muitas coisas estão acontecendo e não estpa dando tempo para editar os vídeos: construção da cerca, colocação de tubos, cascalhamento da estrada, preparação da terraplanagem, construção de barracos de ferramenta, confecção e colocação de plaquinhas indicadoras, desmontagem da varanda da casa que compramos e por aí vai, mas aos pouquinhos tudo estará registrado aqui.
Decidimos construir um barraco para guardar ferramentas pois carregar cavadeira, bocaína, pá e enxada da cidade para o campo todos os dias não estava sendo muito prático. Então compramos tábuas de eucalipto bruto, três telhas de fibrocimento de 6mm e mais algumas coisinhas e fizemos nossa primeira construção. Nunca tínhamos feito isso antes! Até que ficou bom!!! No processo desenvolvi uma técnica para quebrar pedras no fundo dos buracos (Técnica Esparta) e também furei o pé com um prego. As duas cenas estão em câmera lenta para vocês apreciarem. Também tem a Thay pregando tábuas e parafusando as telhas (montada nas minhas costas). É isso aí!
Tudo está avançando bem. Logo teremos nossa casinha em nosso rancho!
