Em junho eu comecei a fazer a cerca do lado oeste, que separa a nossa terra da "terra-mãe", a fazenda do seu Laurentino, de quem compramos a terra. Foi uma longa batalha para fazer os buracos. Aqui está um vídeo medindo a cerca e fazendo um buraco, o primeiro!!! No total fiz sete buracos. Aqui tem um solo que os colonos chamam de "tabatinga" que tem muitas, mas muitas, pedras. O que torna bem difícil cavar. Perto do final do mês acabei me rendendo e chamando um vizinho, o Jaime, para que terminasse os 24 buracos que faltavam. Pra completar, enquanto ele cavava e eu transportava os mourões, acabei machucando a mão esquerda e perdendo completamente a unha do dedo anular... tive que terceirizar 100% da construção da cerca.
Em junho também fiz quatros plaquinhas de madeira: uma para colocar na entrada do Rancho avisando que é proibida a entrada de não convidados e duas para colocar na estrada para indicar a distância e o caminho e uma para a família Kummer. Duas das três placas indicativas do Rancho chegaram a ser colocadas, mas como ainda não estamos no local, elas ficaram vulneráveis, e como a população num raio de uns 20 km sabem que sou policial, logo mexeram nelas. Obviamente aqui é uma região muito mais tranquila que muitas outras do Brasil, mas a poucos km do Rancho a um assentamento rural onde vivem muitos pessoas com extensas fichas policiais. Para essas pessoas, as minhas plaquinhas são um prato cheio para eles "descontarem". Acabei recolhendo momentaneamente as placas e irei recolocá-las apenas quando tiver o sistema de monitoramento por câmeras instalados (infelizmente o mundo atual te obriga a ter esses tipos de coisas). O outro lado é que temos muitos vizinho extremamente especiais, que inclusive se ofenderam por terem mexido em nossas placas. Um desses vizinhos é a família Kummer. Queríamos presenteá-los de alguma forma, então fizemos uma plaquinha para eles, que já foi colocada numa bela casinha na entrada da propriedade sinalizando o local.
Em junho também colocamos o poste padrão e mais dois postes que levarão energia até a casa. Porém a Celesc ainda não instalou a energia devido a porteira temporária. Eles não podem abrir nem uma porteira. O poste precisa estar 100% livre acesso. Então precisamos fechar a cerca lateral primeiro para o gado do vizinho não fugir ao abrirmos a porteira...
Além disso tivemos o junho mais frio em Santa Catarina dos últimos 100 anos. Uma bela recepção para nós!!! Chegamos a ter sete geadas em sequência!!! Devido a isso os pastos ficaram todos amarelados!
No final de junho fizemos contato com o pessoal da EPAGRI daqui que mostraram ser pessoas muito especiais e dispostas a ajudar. Um dos técnicos foi conosco nos ajudar a fazer prospecção de água no Rancho. Agora que demarcamos o local mais provável faremos um buraco para confirmar que há água ali. Em caso de confirmação faremos nossa captação de água e já instalaremos nosso reservatório e caixa de água!
Finalmente passamos o mês no aguardo de dias de tempo bom para o transporte da casa, que não aconteceu. No final do mês quando o tempo estava bom, o seu Gabriel viajou para acompanhar o nascimento do netinho, então esperaremos ele curtir esse ótimo momento da vida dele e quando ele voltar e tiver uma janela de tempo bom, iremos transportar a casa para o Rancho Vale do Tigre.
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